Uma das grandes vantagens de termos alugado um apê em West End, foi termos ficado bem próximos do Stanley Park, um dos lugares mais agradáveis de Vancouver para passear e realizar atividades físicas.
E como o parque é gigante, cada dia dava para explorar um pedacinho dele, sem enjoar das mesmas paisagens e dos mesmos trajetos.
Na terça-feira do dia 13 de janeiro de 2015, o Bom Marido e eu inventamos de percorrer os cerca de 10km que contornam o parque, aproveitando que o clima estava ameno e o entardecer estava incrivelmente poético.
Percorremos um trecho do Stanley Park e paramos no Brockton Point Interpretive Centre & Gifts (Totem Pole) para explorar os belíssimos totens e tirar umas fotinhos.
Como sempre estava cheio de gente tirando fotos nos totens, incluindo uma família barulhenta de brasucas que estavam falando alto e de forma grosseira com suas crianças mimadas e birrentas.
Encontrar conterrâneos em outro país seria muito bom se os mesmos não agissem de forma tão arrogante, se achando os tais só por estarem viajando para fora do Brasil. (Não que todos sejam assim, mas confesso ter encontrado vários lá em Vancouver…)
Em compensação, rolei de rir com uma cena que aconteceu em seguida, quando resolvi ir ao toalete ali pertinho dos Totens. Encontrei uma senhora bem alegre e falante que estava procurando o banheiro feminino. Ela agradeceu quando informei a ela onde era e do nada ela resolveu contar sobre sua recente visita a Portugal quando ela se confundiu com a placa do banheiro. Ela disse que viu escrito no letreiro “Homem” e logo associou com a palavra “Women” (Mulheres, em Inglês) e entrou! Rimos bastante e eu até comentei com ela que eu falava Português também, mas do Brasil! Ela se despediu com um “Até logo” meio desajeitado, mas muito entusiasmado!
Bom, segui em direção ao meu Homem e continuamos nosso caminho em volta do Stanley Park. Até cruzamos com minha irmã que havia aproveitado o lindo dia para dar uma corridinha no Seawall. Quem me dera ter pique para correr também, mas sinceramente, não é a minha praia…
Prefiro andar, andar, andar, aproveitar a paisagem, não prejudicar minhas articulações e tirar muitas fotos poéticas durante o trajeto. E foi o que Mon Amour e eu fizemos.
Passeamos, conversamos, curtimos e fotografamos os belos lugares por onde íamos passando. Sem pressa. Tendo só o entardecer como nosso marcador de tempo.
Lembrei do dia em que percorri esse trajeto de patins com minha irmã, logo no nosso primeiro mês de viagem, em agosto de 2014.
Lembrei também da primeira vez em que percorri esse trajeto de bike, quando estive em Vancouver, em julho de 2012.
Posso dizer que já contornei o Stanley Park pedalando, patinando e andando. Prometo que, se eu conseguir voltar para lá, tentarei realizar esse trajeto correndo!
Ah, o Stanley Park! Tão lindo, tão interessante, tão aconchegante, seja no verão, seja no inverno. Um parque que fala conosco, como se dissesse exatamente o que estamos sentindo, independente da época do ano.
Quando já estava escurinho, Thierry e eu havíamos completado o circuito. Sentamos um pouco para observarmos a paisagem e seguimos de volta para o nosso apê.
Chegando lá ele preparou nosso delicioso jantar: Peixe Empanado e um mix de Arroz Preto com Arroz Integral. Salada para mim e Hash Brown para ele!
Quarta-feira, 14 de janeiro de 2015. Após a aula, voltei para o apartamento para ver o que o Thierry estava afim de fazer.
Assim que cheguei ao prédio, encontrei um esquilinho cinza que eu via todo dia ali em frente ao prédio, brincando e caçando alguma coisinha para beliscar. Esquilinhos são bichinhos lindos, fofos, peludos, engraçadinhos, mas muito ariscos! Eu adoraria ter um de estimação, mas eles não parecem muito sociáveis, a menos que você os atraia com nozes, sementes e afins.
A sem-noção aqui resolveu perseguir o coitado do esquilo, na intenção de fazer um videozinho qualquer para guardar de recordação! (Um dia eu posto o videozinho aqui, assim que eu decidir o que fazer com ele!)
No apê, Thierry preparou o nosso almoço: filé de peixe e ovo frito.
Quando ovo frito entra em ação, é sinal de que é preciso ir ao supermercado para reabastecer a despensa, certo? Não, não é verdade. No caso do Thierry, a ida ao supermercado ocorre mais pela ausência de Coca-Cola e guloseimas. O resto não importa tanto. Ah, e lá em Vancouber eram as Hash Browns também, afinal ele gostou tanto desse negócio que o comia quase todo dia!
Enfim, já que falamos em supermercado, naquela quarta-feira foi o que resolvemos fazer: comprinhas. Tínhamos que dar um rolê na farmácia de qualquer jeito e como era no mesmo complexo do supermercado, resolvemos aproveitar o ensejo.
Bom… A ida à farmácia foi por conta de um item muito útil que estávamos procurando. Aquele que quase todo casal precisa, sabe? Aquele lá que é bem constrangedor de pedir para um balconista de farmácia, entende? Aquele que é muito mais fácil quando fica pendurado em alguma gôndola e você só precisa pegar, misturar entre outras coisas que você vai comprar e passar no caixa, saca?
Pois é! E lá fomos nós comprar preservativos pela primeira vez em Vancouver.
Passamos por vários corredores da farmácia e não encontramos os pacotinhos clássicos de camisinhas. Na verdade nem sabíamos como eram as embalagens lá, pois nem em comerciais havíamos visto.
E roda daqui, rola dali e nada! Nos vimos na constrangedora missão de perguntar a algum funcionário onde ficavam as “condoms”.
Pois bem, no caixa havia uma funcionária (ou um funcionário?), juro que não sei dizer se era um homem com um jeito estranho ou uma mulher com aparência de homem. Não posso precisar nem pelo timbre vocal, igualmente confuso! Enfim, a pessoa em questão, ao se deparar com minha pergunta, não soube onde enfiar a cara! Não conseguiu disfarçar o sorrisinho e respondeu, meio encabulada, quase rindo, com olhar de surpresa e curiosidade que as camisinhas ficavam ali na parte da frente do terceiro corredor. Onde já havíamos passado umas três vezes sem notar…
E lá fomos nós adquirir uma caixinha de Durex (não a fita adesiva e muito menos o sobrenome do Thierry – Durieux). Passamos no caixa (no qual o(a) atendente ainda estava com um risinho no canto da boca) e seguimos para o mercado No Frills onde fizemos nossas comprinhas básicas da semana, com direito a Hash Browns, batata frita President’s Choice, sorvete e um curioso item que o Thierry quis experimentar: romã!
É mole? O rei das guloseimas, das frituras e do refrigerante querendo comer fruta… Milagre!
Bom, milagre mesmo seria se ele tivesse gostado muito da romã. Apenas provou uns carocinhos após o jantar e nunca mais tocou no assunto.
E falando em jantar, comemos basicamente o mesmo do dia anterior, com o acréscimo da romã na sobremesa!
Quinta-feira, 15 de janeiro de 2015. Mais um dia de pouca atividade. Eu, pelo menos, fui para a escola e na volta passei no meu mercado preferido, o Urban Fare, onde apenas entrei para ver as novidades, aproveitar as amostras e bater papo com gente que eu não conheço. É, eu gosto de fazer isso e confesso que é uma das melhores formas de praticar o Inglês: sendo gentil com estranhos e dando atenção quando eles puxam qualquer tipo de assunto!
Ah, o Canadá é realmente tão legal! Quero morar lá um dia.
::: Logo logo, quem sabe? :::
Bom, o dia de hoje não teve passeio com foto. Na verdade acredito que tenhamos só dado uma volta no bairro, lavado nossas roupas na lavanderia do prédio e ficado em casa assistindo à TV.
Family Feud e Mike & Molly eram nossos shows prediletos enquanto estivemos lá. Ótimo também para estar com o Inglês sempre em mente, de forma divertida.
Ah, não posso deixar de postar as fotos do nosso digníssimo jantar preparado por Mon Amour:
Omeletes do Bom Marido:
Bom, e assim foram os dias 13, 14 e 15 de janeiro de 2015.
Obrigada pela visita e continue acompanhando as aventuras do Bom Marido no Canadá!
Até a próxima!
😉