Com seu Bom Marido ela teve doze filhos. Seriam quinze se os gêmeos do primeiro parto tivessem sobrevivido e um dos gêmeos do sexto parto também.
E é bem provável que outros filhos tivessem nascido se o seu Bom Marido não tivesse descansado quando a caçulinha ainda estava com um ano e meio de vida…
Aos 45 anos de idade, viúva e com doze filhos para cuidar, ela não quis saber de outro homem. Amou tanto o seu marido que, em respeito a ele, nunca pensou em estar em outros braços. Seus filhos lhe bastavam. Todo o amor de sua vida ela dedicou a eles, bem como a seus netos, bisnetos e tataranetos.
Chegou de mansinho aos 99 anos de idade. De repente até passou dos 100 e ninguém sabia, afinal não era difícil as crianças serem registradas dias, semanas, meses e até anos após o nascimento.
Prendada como ninguém, passou a infância e a adolescência aprendendo a ser uma Boa Esposa. Sua mãe lhe ensinou a bordar, tricotar, costurar, cozinhar, lavar, passar, limpar e cuidar da casa. Aprendeu depressa e com muito afinco.
Ainda jovem conheceu um viúvo que era uns bons anos mais velho que ela. Nunca imaginou que fosse se casar com ele, mas o amor não escolhe idade, não é verdade? E foi assim que, lá no interiorzão da Bahia, ela se casou com seu Bom Marido e fez de tudo por ele enquanto pode.
Visando melhorar de vida, seu Bom Marido saiu da Bahia rumo à São Paulo, mas não arriscou levar a Boa Esposa junto. Primeiro foi sozinho para se certificar de que tudo daria certo. Em seguida mandou dinheiro para que ela, a sogra e mais alguns parentes fossem também.
Migrando de fazenda em fazenda, trabalhando por um pedaço de terra e lutando para viverem bem, os dois foram construindo uma família unida e amorosa.
Passaram por poucas e boas juntos. Mas também foram muito felizes enquanto puderam.
30 e poucos anos de casamento. O suficiente para viverem intensamente uma vida cheia de amor, carinho e respeito.
Até seus últimos anos de vida, ela falava com muito orgulho do Bom Marido que Deus lhe deu e principalmente dos Bons Filhos que eles tiveram. Nem todos se recordam das feições do próprio pai, afinal eram muito novos para entender o que estava acontecendo. Mas todos se parecem entre si, com uma mistura de traços da Boa Mãe e do Bom Pai.
Dia 3 de Agosto de 2013 completa 1 mês que ela nos deixou. E completa 1 ano e 1 dia que seu segundo filho também nos deixou. Ela nunca havia perdido um filho depois de crescido. E foi justo aquele que, seguindo as ordens do pai, nunca se casou para poder se dedicar e cuidar da própria mãe.
Ela não aguentou perder seu Bom Filho e companheiro. Mas qual mãe aguentaria? Aliás, ela já havia aguentado muita coisa nessa vida. E perder um filho após 76 anos de convivência foi muito para o coraçãozinho dela.
A Boa Mãe foi ficando cada vez mais triste e acabou por adoecer até ficar bem fraquinha e se despedir desse mundo que ela conheceu muito bem.
Certamente já deve ter se reencontrado com seu filho, sua irmã, alguns netos, seus pais e com seu Bom Marido também, é claro. E os demais que aqui restaram (filhos, genros, netos, bisnetos, tataranetos) sentem muito a sua falta, mas entendem que já era hora daquela guerreira descansar.
E que ela esteja em um maravilhoso lugar!
Descanse em paz, Ana Amélia. Descanse em paz, minha amada Vovó.
R.I.P.
Ana Amélia Oliveira
✰ 07/04/1914
† 03/07/2013
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E para encerrar, venho anunciar que, após o lançamento do livro “Como ser um Bom Marido”, um dos próximos livros que pretendo fazer será um apanhado de histórias em homenagem à essa guerreira que nos deixou recentemente aos 99 anos: nossa amada Ana Amélia Oliveira.
Enquanto o livro da Vovó não fica pronto, peço por gentileza que os leitores desse blog acessem o link do projeto do meu atual livro e, se possível, apoiem o mesmo.
É bem simples e divertido apoiar um projeto no Catarse.
Querem saber como?
Então acessem: www.catarse.me/pt/comoserumbommarido e façam a diferença lá também!
Muito obrigada!
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Belíssima mensagem irmã!!! Só vc mesma pra fazer uma bela mensagem com tanta riqueza de detalhes!!! Vc é fantástica!!! Parabéns!!! Temos as melhores lembranças da nossa querida Vó ana! E isso é um tesouro!!! Que Deus a tenha!!! ^^
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UHUHUHUHHHUUH;;;BILLYY AI SIM EM;;ELA FOI MAMAE ,VOVÓ,BISAVÓ E TATARAVÓ VIUU,,,,,HEHEE..
PARABENSS…..LINDAAAAA
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Isso mesmo, Billy! Nossa Vovó era mais do que especial! Ah e a história do Neston vai entrar para o livro, viu? Se prepara! hahah
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Ah que isso, irmã! Eu não quis fazer uma postagem muito longa, pois os melhores detalhes quero guardar para o livro da vó! Sei que você, a Fê, a Gi, alguns tios, tias, madrinha, mami e papi possuem muitas histórias legais para incrementar a homenagem à nossa amada Vó!
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Bjs e obrigada por sempre comentar aqui! ❤
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Adorei, linda homenagem Nani!! Temos muitas histórias dela mesmo e seria muito bom eternizá-las… beijão
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Valeu, Gi!!!
Bjussss
Nossa Vózinha merece! *.*
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